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Há gostos para tudo.
Há limites para tudo.
Há mais aprendizes que mestres.
Há mais discípulos que apóstolos.
Há mais ingratos do que sapatos.
Há mais marés, que marinheiros.
Há mais olhos no mar do que viventes na terra.
Há mais quem nos queira mal do que bem.
Há mais quem suje a casa do que quem a limpe.
Há mais quem suje a casa do que quem a varra.
Há mais ratos do que ratoeiras.
Há males que vem por bem.
Há mar e mar, há ir e voltar.
Há mil modos de morrer e um só de nascer.
Há muitas maneiras de matar moscas.
Há muitas maneiras de matar pulgas.
Há noite todos madrugam.
Há que pôr o preto no branco.
Há que ver em que mato se faz a lenha.
Há quem goste de meter os cães à moita.
Há remédio para tudo menos para a morte.
Há sempre quem ponha defeito.
Há sempre um bocado de caminho mal de andar.
Há sempre um sapato roto para um pé descalço.
Há sempre um trouxa a quem se enfia o barrete.
Há sempre uma desculpa para tudo, menos para a morte.
Há só duas mulheres boas no mundo: uma que já morreu; outra, que ainda não nasceu.
Há sol que rega e água que seca.
Há sorrisos que ferem como punhais.
Há tempo para velar e tempo para descansar.
Hábito de frade e saia de mulher, chega onde quer.
Hábitos são inicialmente teias de aranha, depois, fios de arame.
Haja fartura, que a fome ninguém a atura.
Haja paz, morreremos velhos.
Haja saúde e dinheiro para vinho.
Havendo dinheiro há tudo menos saúde.
Hoje canto, amanhã pranto.
Hoje de mim, amanhã de ti.
Hoje em nossa figura, amanhã na sepultura.
Hoje por mim, amanhã por ti.
Homem apaixonado, não admite conselho
Homem apaixonado, não quer ser consolado
Homem atrapalhado, é pior do que uma mulher bêbeda.
Homem barbado, homem honrado.
Homem calado, muito cuidado.
Homem de mau vinho perde-se no caminho.
Homem de muitos ofícios, sinal de pouco dinheiro.
Homem de sete ofícios, em todos é remendão.
Homem do mar, cabeça no ar.
Homem em jejum, não ouve nenhum.
Homem farto as cerejas lhe amargam.
Homem folgazão, no trabalho sonolento.
Homem necessitado, cada ano apedrejado.
Homem palreiro faz o seu amigo mudo.
Homem pequenino, ou velhaco ou dançarino.
Homem pequeno, coração ao pé da boca.
Homem pobre não te alegres, hoje ganhas, amanhã perdes.
Homem pobre, com pouco se alegra.
Homem pobre, nem quieto, nem calado.
Homem prevenido vale por dois.
Homem que não coze forno de cal e boi que não vai à carreta não sabe o que é trabalhos.
Homem rico nunca é frio.
Homem sem dinheiro é como uma viola sem cordas.
Homem velho e mulher nova têm filhos até à cova.
Honra e proveito não cabe tudo no mesmo saco.
Honra e proveito não cabem em saco estreito.
Hora a Hora, Deus melhora.
Hóspede e pescada, aos três dias enfada.
Humildade é caminhar na verdade.